Clinica Odontológica Silvânia Rocha

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quarta-feira, 13 de junho de 2012

E bateu saudade

Tem dias que acordo com sensação de saudade indefinida..
Uma coisa que me consome que leva minhas memórias para infância e me faz sentir saudade do cheiro do bolo da minha vó...
É quando me vejo sentanda em seu colo e ela trançando meu cabelo.
Sinto saudade de meu cabelo quando era mais ruivo... intenso... cor de fogo !
E hoje pela manhã fiquei quieta no meu canto da janela preferido no coletivo. Pois ainda estava com um pouco de dor de cabeça e brincando com os pingos da chuva que bailava pela janela, senti saudade de tomar banho de chuva... de correr pro abraço... de pular nas poças em dias de chuva, de jogar baleado embaixo do temporal.

 E como o tempo, Deus, a vida, as estações tudo isso junto e misturado é tão mágico e sábio. Quando você sabe que depois de ficar completamente enxarcada, molhada, gargalhando com a boca ainda cheia de água... sabe que depois passa.
A chuva, o tempo feio, a tempestade..enfim . Sempre vem o depois e passa!
Transformando o dia de ontem em memória, em recordação para ser sempre lembrando hoje, amanhã ou em algum outro depois.
E no outro dia na juventude de nossos dias vem o sol... dos dias idos, dos dias vividos, crescidos, amadurecidos ou não e aquecem nossos corações com essas deliciosas recordações.

É quando sinto saudade de abafabanca hummmmm .... e como era bom deixar a sulco já derretido do gelo escorregar pelo corpo, pelo queixo, pelas mãos... Ficar peguento!!!
Senti saudade de sorrir sem medo, sem preocupação.. sorrir por sorrir.
Sorrir da topada que eu sempre levava.. ( ohh alma destrambelhada ! rsrs) 
Sorrir do primeiro óculos de grau que a minha irmã teve que usar, que a nossa mãe comprou e no mesmo dia ( NO MESMO DIA) dentro do ônibus ela cochilou e lá mesmo o recém-chegado ficou rsrsrs.
Saudade de 4 adolescentinhos que cabiam ainda em dois lugares no ônibus.
Saudade de ver o meu irmão do meio já ido  daqui para os jardins do céu.. com os 2 braços quebrados.
De ver o corre-corre nosso ao redor da nossa mãe com a velha calça cinza boca de sino (hororrosaaaaa mãeee desculpa aê tá ? rs s rs) , a camisa branca com flores vermelhas... e o lenço preto amarrando os cabelos pretos enormes. mais lindos que já vi.



Saudade de um farol solitário na baia de Abrolhos que meus pés lá nunca pisaram mas já sentiram seu piso roto... Saudade da brisa que bate em meu rosto quando lá estou em meus momentos de ventos e tsunamis internos. A mesma brisa que levanta a renda branca que se faz de cortina naquela janela de  madeira também branca ...
A mesma madeira que chia sempre que meus pés descalços pisam lá assim que abro a porta daquela pequena cabana...Onde fico só comigo mesma, com Deus e meus pensamentos em desalinhos...


Ahhh saudade!

Há quem não goste de sentir...
Tudo bem que existem algumas saudades que nossa mãe, faz nosso coração querer romper peito afora para trazer alguém de algum lugar longe, distante para bem pertinho de nosso carinho.
Saudade de um abraço apertado dos braços que nunca os meus tocaram
Saudade de deitar na grama e ficar desenhando com as nuvens.
De fazer novas promessas para o futuro.
Ah Futuro...
O que não és ?
Se não cada sonho meu ainda não vivido, ainda não concretizado.
Se não o presente ainda adormecido.
E tudo mais que me faz suspirar para querer algum dia poder realizar.
É tem dias que acordo com uma saudade tamanha que por mais que eu tente eu não consigo traduzir.

Bjs e até a próxima
Debby :)